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quarta-feira, 21 de abril de 2010

A CHAVE DADA A PEDRO

Texto: Mat. 16.19.

Introdução
No decorrer dos tempos há muitas questões entre os Teólogos, ou seja, da posição de Pedro com relação a autoridade dele em relação a Igreja. Ou melhor, a questão é da interpretação fora dos fundamentos de uma Teologia Ortodoxa, pois ao invés de se aceitar o que a Bíblia diz e como diz, eles fazem confusões. E desde épocas passadas, a Igreja Católica se acha no direito de defender a questão em análise, ou melhor, que Pedro é o fundador da Igreja, e com isto, negando que Cristo foi e é o seu fundador ou fundamento.

I- QUEM DIZ A VERDADE
A Bíblia é maior autoridade na questão dessa interpretação, pois, quem visa aceitar o que ela diz com certeza prima pelos conceitos Bíblicos ortodoxos. Não podemos ir contra as sagradas escrituras, pois neste aspecto, seriamos incoerentes quanto à falsa interpretação da Igreja católica apostólica Romana.
“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra, terá sido desligado nos céus” – Mt. 16.18-19.
Nestes textos que ora, estão escritos, são claras as Palavras do próprio Cristo quando de forma incisiva fala que Ele (Cristo) é o “Fundamento – o Criador da Igreja”. Pois neste sentido de sua afirmação de forma imediata há o que podemos dizer que houve um trocadilho de palavras, ou seja, “tu és Pedro” (do Gr. Petros) que por sua vez significa fagulhas ou fraguimentos de pedras. E sobre está Pedra (Gr. Petra) Grande Rocha (Cristo), edificarei... o verbo edificar está no futuro, e não no presente, ou seja, Cristo falava de forma clara que a sua Igreja seria edificada na sua Pessoa.
Ressaltamos que, o que seria de nós se a Igreja de Cristo tivesse sido fundada na pessoa de Pedro, na verdade ela já teria sucumbido. E não seria o que é hoje, pois o seu Fundador (Cristo) lhe outorgou todas as credenciais para que assim, caminhe com a sua força espiritual. Com relação a pessoa de Pedro, sem sombra de dúvida vemos que Pedro fora um homem que na sua vida não teve consistência espiritual. Pois, era falho como os demais homens, e inconstantes em palavras e ações.

II- O QUE SIGNIFICAVA A CHAVE DADA POR CRISTO A PEDRO
Pois bem, quando uma pessoa recebe algo que tenha grande importância, logo aquilo é tido como fator de simbologia, ou seja, um presente. Vejamos o que o Dr. Scofield escreveu sobre a questão em análise: “Mt. 16.19 Estas não são as chaves da Igreja, mas do reino dos céus no sentido do cap. 13, isto é, da esfera da profissão cristã. Uma chave é um sinal de poder ou autoridade – Is 22.22; Ap. 3.7.
A História apostólica explica e limita esta verdade, pois foi Pedro que abriu a porta da oportunidade cristã a Israel no dia de Pentecoste (At. 2.38-42) e aos gentios na casa de Cornélio (At. 10.34-48). Não houve nenhuma presunção da parte de Pedro que o presidiu (At. 15.7-11). No concílio, parece que foi Tiago e não Pedro que presidiu (At. 15.19; Gal 2.11-14). Pedro reivindicou ser nada mais que um apóstolo por dom (I Pe 1.1) e um ancião por ofício (I Pe 5.1)”.
Dessa forma, concordamos com o Dr. Scofield, pois ele reafirma o que já está explicito na Bíblia o que alguns não querem admitir, mas nada é contra a verdade se não pela verdade da Palavra do Senhor Jesus Cristo. Jamais podemos aceitar que a Igreja de Cristo fora fundada por Pedro, e sim, o seu fundador e fundamento é o Cristo Ressurreto dentre os mortos e vive por toda a eternidade – Ap 1.18-22.

III-O PODER DE LIGAR E DESLIGAR
Alguns pegam este ponto como uma forma de impor seus conceitos religiosos, e ditam regras como se fossem donos da Igreja. Ou melhor, quando querem punir qualquer que não lhes obedecem a seus pontos de vistas, logo atribuem o “Poder de ligar e desligar a si” para amedrontar as pessoas. Achando os tais que, também receberam autoridade de Deus para por em comunhão ou tirar da comunhão quem quer que for, o que na verdade não é neste sentido que podemos pegar este texto e aplicá-lo.
Existe uma regra na Teologia cristã, quando quem conhece a ciência da Interpretação (Hermenêutica), sabe que precisa analisar cada fato e trazê-lo para um entendimento preciso. Ou seja, a regra é: Onde, quando, o que, para que, porque, aquém etc. Ou seja, há nas escrituras fatos que jamais devemos aplicá-los nos dias de hoje, e nem no contexto da Igreja, principalmente textos que não são de caráter doutrinários. Ou seja, se não tem caráter doutrinário, não é regra, e sim exceção. Digo que, essa autoridade fora outorgada a Pedro de forma especial, ou seja, ele seria o referencial de Jesus na pregação do evangelho aos judeus – a Israel.
Já ouvir pastores pegando este texto e aplicando a disciplina a seus membros, e usando tais desculpas, ou seja, citando-os para então impor-se ou dizer que teem a mesma autoridade que Jesus deu a Pedro. E na verdade isto não se procede, pois o poder de ligar e desligar foi algo especial de Cristo à Pedro. E com relação a autoridade eclesiástica qualquer ministro (pastor) recebeu de Deus (Rom 13.1-3), ou seja, o pastor possui de Deus a direção, e autoridade de aplicar a disciplina a qualquer membro. Mas, nunca a autoridade de fazer com que a pessoa disciplinada perca a direção de sua comunhão com Deus, pois se Jesus veio ligar o homem a Deus, por que haveria de desligá-lo? Uma vez que, a Bíblia diz: “Se andarmos na Luz como Ele (Cristo) está na Luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo seu Filho nos purifica de todo o pecado – I Jo 1.7; Rom 8.1-2; II Co 5.11-21.
Não estamos dizendo que a Igreja não tem autoridade para aplicar a disciplina, pelo contrário, que sejamos inteligentes em entendermos o que a Bíblia diz, e não o que pensamos em dizer o que ela não nos autoriza. Infelizmente, sabemos que muitas pessoas se acham fora da Igreja porque alguns pastores não sabem tratar de certos assuntos. E com isto, se achando donos da verdade tratam de casos que mereciam uma atenção maior com relação a alguns fatos ocorridos na vida das pessoas.
Portanto, Pedro fora um dos apóstolos importante de Cristo, que apesar de seus fracassos, insegurança, mesmo assim se tornou uma grande autoridade de Deus no contexto do Cristianismo. E que, por sua vez nos deixou duas epístolas que são referenciais a nossa vida diante do Senhor nosso Deus – Amém.


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A DOUTRINA E OS PERIGOS DE SUA OMISSÃO

“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina...” I Tim 4.16.
INTRODUÇÃO
Depois de Cristo, surgiram os apóstolos que deram prosseguimento a sua Obra, ou seja, daqueles que aceitariam a Cristo como seu salvador. Sendo que, o Próprio Cristo já havia alertado-os que surgiriam “Lobos Devoradores”, ou melhor, homens que tendo ar de santidade vestiam-se com capa de ovelhas, mas suas atitudes eram de lobos devoradores.
Então, surge no cenário cristão um dos homens mais importante na proclamação das boas novas de salvação, ou seja, o apóstolo São Paulo. Denominado apóstolo dos “Gentios”, com uma incisiva convicção de fé e obediência ao Divino Mestre, escreve ao jovem obreiro Timóteo acerca dos cuidados relevantes que deveria ter concernente a “Sã Doutrina Cristã”.

I- O CONCEITO DE DOUTRINA
Do Latim. “Doctrina, do verbo docio, ensinar, instruir, educar”. Conjunto de princípios que formam a base de um sistema religioso – Dic. Teológico (Edição CPAD – Pág. 151) Autor Claudionor Corrêa de Andrade.
Portanto, neste sentido podemos entender que de forma “Ortodoxa” o conceito de “Doutrina” é em suma, a essência daquilo que é verdadeiro. Ou seja, o que é verdadeiro não pode se misturar com o que é falso.
O incisivo conselho do apóstolo Paulo ao Jovem Timóteo, diz respeito a tudo o que um cristão deve saber para não incorrer em erros crassos de uma geração que sem analisar os fatos andam como se não tivesse a Palavra de Deus como fonte primordial às suas vidas.

II-O MAL DE UMA GERAÇÃO SEM A SÃ DOUTRINA
Quando Paulo alertou Timóteo dos cuidados que deveria ter concernente a “Doutrina”, ou melhor, a boa, e a edificante doutrina, todavia, ele sabia das razões de seus conselhos. Pois naquela época já havia o espírito do erro se disseminando dentro do contexto da Igreja, ou melhor, teólogos da inversão dos valores cristãos.
E hoje, creio que se Paulo ainda vivesse entre nós, ou melhor, no meio dentro do contexto ministerial com certeza ele daria o mesmo conselho a muitos obreiros, e principalmente os que estão dando os primeiros passos ao ministério cristão. Pois nunca se viu tantas aberrações dentro do contexto cristão como nos dias de hoje, pessoas sem nenhuma capacidade de saber discernir o que é e o que não é, se intitulam de líderes religiosos são presas fáceis daqueles que manipulam e levam a Igreja a ventos de doutrinas errôneas – Ef. 4.14.
Há fatos que são incontestáveis, pois vemos por exemplo a proclamação em cima de muitos púlpitos, de pessoas que sem nenhum preparo Bíblico ou teológico assume-os a dizerem o que Deus nunca ordenou-os que dissessem. Ou seja, são profetas fabricados, mentirosos, profanos, ingratos, orgulhosos que de forma sorrateira tendem a enganar os incautos na fé.

III- QUAL A POSIÇÃO DA IGREJA DE CRISTO?
“Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do já está posto, o qual é Jesus Cristo” – I Co 3.11.
Incorrendo num grande perigo nos conceitos doutrinários, a Igreja de Coríntios estava sendo minada por doutrinas heréticas, ou seja, onde os valores cristãos já não tinham a primazia entre alguns. Então, daí o apóstolo Paulo entra com a incisiva Palavra de Deus alertando-os daqueles falsos obreiros que nada sabiam a respeito da doutrina ortodoxa ensinada pelo próprio Cristo. E nos dia de hoje, não é diferente, pois há um espírito do erro operando dentro da Igreja, onde pessoas incautas não sabem discernir entre o certo e o errado.
Temos vistos alguns programas de televisão que se denominam como cristão no mundo, onde seus apresentadores são verdadeiros mercenários. Pois seus alvos é ganharem muito dinheiro, tudo em nome da fé, e se possível fazem até chover fogo do céu para que as pessoas acreditem que são homens de Deus.
Pregam usando textos Bíblicos sem fazerem uso de uma exegese profunda, e sem analisarem a lógica da hermenêutica cristã, aplicando-os de forma errônea e com isto enganam de forma fraudulenta aqueles que não conhecem a Palavra do Senhor Jesus Cristo. Pois são desses que devemos nos afastar, ou seja, termos como alvo absoluto a “Sâ Doutrina cristã cristocentrica”, fora disso são falácias humanas.
Então daí, a posição da Igreja dentro desse contexto é ser o que ela sempre fora, ou melhor, sal da terra, e luz do mundo... (Mt. 5.13,14 e 16). Quem serve a Deus e tem convicção de fé, ou seja, de um evangelho que mudou a sua vida e consciência da ressurreição de Cristo, não se deixa ser levado por doutrinas de conceitos humanísticos. Pois o seu alvo é o céu, pois vivendo isto, o apóstolo Paulo disse: “irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim. Prossigo para o alvo, pelo premio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” – Fip 3.13-14.
Não podemos nos calar diante desses fatos contraditórios dentro do contexto cristão, pois se assim nos comportarmos estaremos omissos de uma causa nobre, ou seja, a de Cristo. Cada cristão deve a princípio ser um apologista, ou seja, um defensor de suas convicções de fé, e jamais permitir que muitos caiam nos erros absurdos desses que andam como ovelhas, mas são lobos devorados.

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