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domingo, 8 de agosto de 2010

ENSINANDO A PALAVRA SEM PERDER O OBJETIVO

“Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós...” – Tit 2.7-8.

INTRODUÇÃO
Há uma demanda muito grande de obreiros dentro do contexto ministerial, e, pessoas com boas intenções para o serviço cristão. Podemos agradecer a Deus porque há essa demanda, mas não podemos abrir mão de alguns conceitos Bíblicos que ora, são pertinentes à questão em foco.
Dizemos que todos podem ser membros do corpo de Cristo, ou melhor, sem exceções, mas para o serviço cristão ministerial nem todos podem fazer parte dentro deste contexto. Pois, há na Bíblia diversos exemplos de pessoas que foram escolhidas para exercerem funções de auta-qualificações como os jovens que foram servir ao rei no seu palácio. E também, melhor exemplo, os discípulos de Cristo, que durante o período do ministério de Jesus sempre estavam ao seu lado acompanhando-o, e isto, foi uma escola que serviu a eles em seu ministério depois do Senhor.
E ainda, dentro deste foco, podemos citar o grande apóstolo Paulo, que não obstante, ter sido criado e ensinado nas leis rabínicas, mesmo assim não hesitou com relação ao ministério do ensino e pregação. É tanto que, o mesmo cita em seus escritos o mestre “Gamaliel”, o que é próprio de um bom “Discípulo” fazer referência de seu mestre (Professor).

I-POR QUE É IMPORTANTE O ENSINO
A Essência de uma vida cristã sadia diante de Deus e da sociedade é o que se tem de importante, e pra tanto, é preciso que se use a pedagogia cristã. As Igrejas e pastores pecam muito por não primar por esses conceitos da Bíblia, ou melhor, não adiante haver multidões ou templos superlotados, se no dia seguinte o povo continua vivendo uma vida sem a direção e nem o controle do Espírito Santo. E somente através de uma vida estruturada pela Palavra de Deus é que existirá cristãos firmes nas promessas de Cristo (Sal 1.1-3; Ef.4.12-14).
Portanto, o ensino forma no cristão o caráter de Cristo, ou seja, devo a minha vida na presença de Cristo aos meus pastores que me ensinaram de forma paulatina a ter uma vida ética e vitoriosa na presença do Senhor.

II- O PERIGO DA FALTA DE ENSINO
Infelizmente, é triste a crítica, mas com a verdade da Palavra de Deus não podemos nos esquivar quanto a isto. Existem muitos cristãos, mas poucos convertidos ao Cristo vivo, pois alguns dentro de suas Igrejas estão vivendo pior do que se estivessem no mundo. Pois, seus líderes são omissos ao que tange a aplicação da “Doutrina” da Palavra do Senhor, ou seja, estão mais preocupados nos dízimos e ofertas das ovelhas do que em alimentá-las com a sã doutrina, e os tais esquecem que é Deus quem exige tal, vejamos:
“Goteja a minha doutrina como a chuva, destile o meu dito como o orvalho, como chuva sobre a terra e como gotas d’água sobre a relva” – Deut. 32.1-2.
Certo dia ouvi um pastor ministrar a Palavra de Deus, e o mesmo usando-a de forma convincente, disse que é “inadmissível alguém “ser pastor” sem ter as prerrogativas para a tal função”. Ou seja, sem que tenha a habilidade e destreza em ensinar ao povo os conceitos de Deus. Infelizmente, os púlpitos de nossas Igrejas estão cheios de obreiros, às vezes vamos ministrar em alguns lugares, se o pastor não for cuidadoso não haverá lugar para o visitante se assentar. Porque na Igreja há muitos obreiros sem o devido preparo para o ministério cristão, ou seja, começando por alguns pastores que são contra a “Teologia Ortodoxa”.
Um pastor, que é contra o ensino “Teológico” o que se espera dele e de seus obreiros? É claro que, não se espera nada, se não atitudes inapropriadas para aqueles que são representantes de Deus ao povo na Igreja e sociedade.
Portanto, quando não há ensino, o povo é inconstante, ou melhor, vemos pessoas na Igreja com muitos anos de freqüência, mas sem estrutura ou nenhuma maturidade cristã.

III-O ENSINO PRODUZ CRISTÃOS ÁVIDOS POR CRISTO
O ensino nos faz firmes nas promessas de Cristo (I Pe 1.4). Ou seja, não há como perder o “Alvo que é Cristo” – Col. 3.1-3; Fip 3.12-14.
O que nos torna firmes nas promessas de Deus é a busca insaciável pelas verdades de sua Palavra. E somente quem busca encontra, ou seja, um mestre que se dá tem isto como primazia à sua vida ministerial. Jesus foi o maior Mestre que o mundo já teve, e sendo integro com os seus conceitos diante de Deus, pôde nos transmitir que neste mundo para vencermos as lutas e as adversidades da vida, somente com a sua Palavra.
O maior privilégio de um cristão é ele ser ensinado por um mestre que se dedica a vida inteira, mas sua intenção é fazê-lo um bom discípulo. E um bom discípulo se faz com a destreza de um mestre que entende o significado da boa doutrina Ortodoxa. Quantos pastores que deveriam se ater ao ensino, ou melhor, tempo integral eles têm, mas são preguiçosos. Não trabalham, dormem mais do que gato de hotel, e não se dedicam a levar a boa doutrina a Igreja, ou seja, chegam ao culto totalmente desprovidos da Palavra de Deus. E sem contar que os tais empurram o culto com a barriga, dão mais avisos do que se preocupam com a liturgia do culto, ou seja, eles entendem que os avisos também estão dentro da liturgia. E quando, o povo já cantou das 19:00 hs as 21:00 hs, ainda tem a coragem de dizer que o culto foi uma bênção. Enquanto o povo vai pra casa sem ouvir a Palavra do Senhor, destarte, há cristãos sem vida firme e caráter firmado em Cristo Jesus.
Dessa forma, prefiro guardar os conceitos de Cristo a Igreja de Filadélfia, pois esta vivendo dias difíceis, mesmo assim, não hesitou. Foi fiel e teve o privilégio de ser elogiada por “Cristo Jesus”, ou seja, quando o Mesmo disse: “Como Guardaste a Palavra da minha paciência, também te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” – Ap 3.10.
Nada neste mundo pode superar a “Doutrina de Cristo”, pois Ele mesmo disse: Em verdade, Em verdade vos digo quem ouve a minha Palavra, e crer Naquele que me enviou, tem a vida Eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida (Jo 5.24).

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