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sábado, 23 de outubro de 2010

O DESEJO PELO MINISTÉRIO...

“Se alguém deseja o episcopado, excelente Obra deseja”.
I Tim. 3.1-2
Introdução. O ministério de Deus ao homem é algo de estimo valor, ou seja, só quem sente isto e sabe valorizá-lo é quem recebeu do Senhor o chamado para o santo ministério. Todas as vezes que examino o texto sagrado explicito pelo maior teólogo cristão que viveu depois de Cristo, (o apóstolo Paulo), fico feliz e convencido daquilo que Deus tem nos proporcionado com relação ao ministério. Talvez você esteja se perguntando, mas o que é o ministério, e que desejo é esse que Paulo deu ênfase para os obreiros de sua época?

Com certeza, muitas perguntas dessa natureza já surgiram na mente de muitos obreiros, pois bem, quando ao examinarmos a Bíblia, logo podemos ter a certeza que o ministério não é coisa de homens, e nem de um grupo seleto. Embora que, alguns por suas ações no ministério, pensam dessa forma, mas à luz da Bíblia não há consistência teológica quanto a isto.

Todavia, o ministério é invisível e visível. Ou melhor, é invisível porque vem exclusivamente de Deus ao homem, (Jr 3.15), e é visível porque se exterioriza em cada homem chamado por Ele ao santo ministério. Queremos dizer que, o ministério é visto por alguns pastores como uma instituição particular a eles, e na verdade isto não se procede pelos conceitos de Deus, pois afirmamos que somente O Senhor é quem escolhe e vocaciona aqueles que Ele (Deus) quis (Mc. 3.13; Ef 4.11-13).

Mas, ultimamente temos observados que alguns parecem que não examinam a Bíblia, ou não fazem uma exegese mais profunda para extrair o que realmente nos diz o texto supracitado. Ou seja, aplicam o texto sem analisar os pormenores, ou melhor, nada se justifica que devamos aplicar o texto aos olhos da cara, ou seja, isto expressa preguiça e posições autoritárias a alguns desenformados quanto às verdades que Paulo nos deixou como lição sobre o santo ministério.
Vejamos algumas verdades do texto que ora citamos acima. Há dois verbetes gregos os quais definem bem a palavra, são “epíscopos e presbítyros”. Episkopos, que significa “supevisor”, “guardador”, e “bispo” (episkeptmai) “significam observar”, inspecionar, visitar.
Portanto, é imprescindível que saibamos ou tenhamos o conhecimento que os presbíteros da Igreja primitiva tinham a preeminência no ministério, ou melhor, eram honrados, considerados, e respeitados pelos apóstolos e pela Igreja. Ou melhor, em nenhum lugar no livro de atos dos apóstolos, vemos a menção de pastores e nem evangelistas, como uma imposição ministerial embora que, a mesma palavra fizesse convergência no mesmo sentido. Ou seja, então dessa forma, para aqueles pastores e evangelistas arrogantes com algumas exceções, pois sabemos que há muitos pastores e evangelistas dignos de nosso respeito e apreço. O episcopado que Paulo deu ênfase, não se trata de nenhuma palavra, como “pastor ou evangelista” ou que estão acima do “episkopos”. Todavia, quando Pedro exortou “episcopado” bem disse: “Aos presbíteros (porque não, pastores e evangelistas), ora de acordo com alguns eruditos, o episcopado está acima de qualquer posição eclesiástica. Vejamos bem o texto: “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero (epíscopo) com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participantes da glória que se há de revelar; apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto” – I Pe 5.1-2.
O grande problema hoje dentro do contexto do ministério é que alguns abusam de suas posições eclesiásticas, ou seja, parece que só eles conhecem a Bíblia, ou estão acima de qualquer coisa. Então, usam suas posições para impor seus conceitos eclesiásticos achando os tais que podem manipular a Igreja do Deus Vivo.
Mas, o mais interessante é que, além do sentido eclesiástico que converge com o ministério que Deus deu ao homem, o mesmo também, deu alguns outros requisitos. E alguns se esquecem do que há no contexto sagrado, pois bem, contra a verdade do Senhor não podemos contestar, vejamos: “Convém, pois que o bispo (presbítero, pastor, evangelista) seja irrepreensível, marido (casado) de uma só mulher, vigilante, sóbrio ou cordado, honesto, hospitaleiros=, e apto para ensinar” – I Tim 3. 2.

Ora, desde a minha conversão a Cristo, e os meus primeiros passos ao ministério que Deus me entregou, me assentei por diversas vezes na Igreja a qual faço parte, ou melhor, fomos ensinados que o “Obreiro, pastor, presbítero, diácono” para serem consagrados ao ministério (visível) deveríamos ser casados. Mas, já não é mais como dantes, ou seja, pra alguns estas recomendações Bíblicas já são coisas do passado, pois alguns estão chegando ao ministério como uma espécie nepotismo, e solteiros. Todavia, com algumas exceções, ou seja, há em alguns a necessidade, porém, não é regra.

Então, perguntamos, e os conceitos da Bíblia, a Palavra de Deus como fica ficam nesta história? Porventura Deus faz acordo ou aceita suborno dos homens? Talvez pra alguns sim, porque eles estão passando por cima de tudo e de todos, ou seja, sem rever seus conceitos diante do Senhor. Todavia, um pastor solteiro não tem a competência para exercer a função, ou melhor, como o mesmo terá de tratar de assuntos relacionados ao casamento, a família, dá um conselho aos jovens, aconselhar um casal que estejam vivendo uma crise conjugal. Se o tal não tem experiência, e nem vivência quanto a tudo isto, ora, só na mente de alguns pastores que não pensam e que estão vivendo pelo espírito de vaidade que aceitam tais coisas.
Um pastor solteiro a nosso ver não está apto para exercer o ministério cristão, e principalmente “Neofito” – I Tim 3. 6 “o prefixo não” vem do grego que significa uma posição de reprovação. Ou seja, inexperiente é algo sumamente impossível para um obreiro exercer a sua posição ministerial, todavia, não estamos dizendo que o jovem solteiro não tem a chamado de Deus para o ministério, e sim, que o mesmo antes seja provado pelo ministério, e depois seja aprovado pelo Senhor Deus.

Outro ponto de extrema grandeza é que o “Pastor, presbítero, evangelista”, seja apto para o “Ensino Cristão”. Ora, bem disse um mestre: “Quem não tem a capacidade, ou não é apto para o ensino cristão, não é digno de exercer a função pastoral”. Ou melhor, de quem a Igreja espera a palavra de ensino, exortação (consolação), de esperança, de fé, de correção se não do pastor. E se esse não tem a habilidades para isto como ficam as “Ovelhas” – I Pe 5.1-2; Ef. 4.11-12. Ora, muitos estão reprovados pelo Senhor, pois passar a mão em cima da Bíblia, e fingir que leu-a e aplicar para a Igreja qualquer coisa, é pecado de “Omissão”- Ora, bem disse Jesus a Igreja de Sardo: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives, estás morto...
Portanto, finalizamos estas linhas no sentido de que mais uma vez você ao ler possa entender a santa vontade do Senhor à sua vida. O ministério é algo de sublime valor, mas é preciso que tenhamos a consciência de que devemos exercê-lo com dignidade e respeito a àqueles que o Deus nos confiou.

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