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quarta-feira, 4 de julho de 2012

SEMINÁRIOS E FACULDADES DE TEOLOGIA RECONHECIDOS PELO MEC

   Trazemos aqui algumas informações no que diz respeito a fatos que têm trazido grande interesse daqueles que estão estudando em Escolas e faculdades de Teologia, e tem consciência que seus cursos são reconhecidos pelo MEC. Ora, diante de fatos dessa natureza, é preciso levar ao conhecimento de alguns que acompanham nosso blog que há poucas “Faculdades Evangélicas” com tais prerrogativas. 

   Porém, certa feita fazendo uma pesquisa sobre o assunto, descobrimos que o que há no mercado são verdadeiro “Estelionato” praticado por essas supostas faculdades e Seminários de Teologia (chamados de cursos Livres pelo MEC). Vejamos do porque os tais cometem estelionato, primeiro porque não são autorizados pelo MEC (UNIÃO) ensinar e expedir diplomas Universitários sem autorização é ilegal (Art. 171, caput do CP). Portanto, partindo de um pressuposto no que diz respeito às informações, vejamos uma pesquisa sobre o tema, abaixo:

   “Após 2 anos de andamento do curso de bacharelado em teologia, estando a faculdade ainda na condição de autorizado, novamente o MEC, na pessoa de seus representantes legais, virão ao local onde está funcionando esta Faculdade de Teologia, para verificar se todas as suas exigências estão sendo cumpridas à contento, e, caso isto ocorra, o curso terá então a liberação para que o diploma dos formandos, possam ter o RECONHECIMENTO DO MEC, o curso somente será RECONHECIDO PELO MEC, após todos estes trâmites.

   Cumpre informar ao leitor que muitas “Faculdades e Seminários Teológicos", podem estar veiculando junto aos meios de comunicação, que seus cursos são reconhecidos e que seus alunos terão diplomas reconhecidos pelo MEC. Será inverídica referida informação, se juntamente com a notícia do reconhecimento, não apresentarem os dados comprobatórios de tal reconhecimento, como número da Portaria do MEC e data da publicação do Ato no Diário Oficial da União”. Fonte (IBETEL). O CECRE da CGADB, no uso de suas atribuições, resolveu reconhecer a Faculdade Teológica IBETEL, em janeiro de 1999.
    Destarte, como pode um seminário de curso Livre de Teologia nas modalidades (Médio) se dizer que está credenciado pelo MEC, ou seja, se só a partir do “Bacharel” é que o MEC autoriza ou reconhece conforme suas exigências. No mínimo isto é uma falta de responsabilidade acompanhado com os interesses de se ganhar dinheiro com a desinformação da parte dos alunos. O que se configura como crime de Estelionato (Art. 171, Caput, do CP). A nossa informação a você é justamente trazer ao seu conhecimento para que não caia na lábia desses aproveitadores que ganham dinheiro mentindo, o que não é próprio de quem professa o Nome de Cristo Jesus. 

   “Fato é que quem se matricula hoje em um curso de teologia tem procurado qualidade e perspectivas. “O aluno quer tudo recheado com um diploma superior, reconhecido pelo MEC”, salienta o pastor presbiteriano Jorge Henrique Barro, diretor da Faculdade Teológica Sul Americana de Londrina (PR). “Ele já vislumbra uma especialização, e alguns voam alto, pensando em mestrado e doutorado. Já aprenderam que estudar em uma escola não reconhecida é a morte prematura de um sonho, pois não sendo portadores de um diploma superior, seu curso será livre e ele não irá adiante no processo contínuo de sua formação. Esse é um problema que as escolas não reconhecidas terão de resolver”, diagnostica.

              “Precisamos da ingerência direta do MEC para alcançar a excelência?”, questiona, por sua vez, o pastor Neander Kraul, diretor do Seminário Teológico Betel, no Rio de Janeiro. Para ele, a oficialização da teologia ameaça o caráter essencialmente ministerial do pastorado. “Ao nivelarmos pura e simplesmente essa área de formação com as demais, passamos a admitir a teologia como campo profissional”, avalia o educador (ver debate em quadro). “O MEC não é empecilho para nenhuma instituição, a não ser para aquelas que levam a educação teológica com a barriga”, discorda Robinson Jacintho de Souza, gestor e coordenador acadêmico do seminário teológico Servo de Cristo. “Muitas instituições continuam como seminários e, mesmo oferecendo cursos livres, possuem e atendem ao rigor pedagógico-educacional”.

Mesmo assim, Jacintho defende que levar o ensino da teologia a sério, em termos profissionais, não significa perder de vista o que chama de razão da existência dos seminários teológicos: “Responder ao comissionamento de Cristo por meio da educação. Fruto disso, de uns poucos seminários e das faculdades teológicas reconhecidas, são os ministérios frutíferos de seus ex-alunos, que mostram que o ‘x’ da questão não está no MEC, mas em nós mesmos, como gestores desse processo”, conclui.
Sim e não
   Entre os entusiastas da oficialização, o professor Jorge Henrique Barro, avaliador para cursos de teologia do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), destaca-se por defender que quem ganha com o processo são os seminários, seus alunos e as igrejas. Já uma das vozes críticas mais representativas é a do pastor e professor Neander Kraul, diretor do prestigiado Seminário Teológico Betel, no Rio. Neste debate, cada um deles expõe seus argumentos:

               Qual sua opinião sobre o reconhecimento do curso de Teologia como de nível superior?

JORGE HENRIQUE BARRO – Esse processo traz muitos benefícios. A oficialização melhora as condições técnicas do curso, como o projeto pedagógico, o plano de desenvolvimento institucional, o nível do corpo docente, a biblioteca, o corpo técnico-administrativo e o próprio corpo discente. Uma escola que passa por esse teste certamente cresce e se desenvolve com mais consciência educacional. Passa a ser uma escola dirigida por gente mais preparada para inseri-la no contexto federativo de ensino.
NEANDER KRAUL – As evidências dão conta de que a Igreja praticamente nada ganhou com o reconhecimento, se o objetivo último dos seminários ao ofertar cursos de teologia for o de servir a Igreja. O curso de Teologia era tido como campo especificamente confessional, gozando de status diferenciado em relação às demais formações de nível superior. Ao nivelarmos pura e simplesmente essa área de formação com as demais, passamos a admitir a teologia como campo profissional e derrubamos nosso antigo discurso de que pastores não são profissionais. Além disso, todo conselho normatizador e fiscalizador de profissão representa os braços do Estado e da própria sociedade civil no controle de determinada ocupação.

            Existe o risco de ingerência do MEC, ou seja, do Estado, sobre assuntos religiosos?

BARRO – As pessoas ligadas à educação teológica precisam ser mais coerentes. O que se percebe é que os comentários sobre uma suposta ingerência do MEC revelam, por um lado, muita ignorância no assunto, por parte de gente que nunca leu os pareceres e portarias relativas ao ensino da teologia. E, em segundo lugar, trata-se de uma justificativa barata para não entrar nesse processo junto ao MEC. O Parecer 241/1999 garante o estabelecimento de composição curricular livre, levando em consideração suas tradições religiosas. Então, quem disse que uma escola reconhecida pelo MEC não pode ter uma ênfase ministerial? Nenhuma escola precisa ter medo da ingerência sobre seus currículos ou sua vocação.
KRAUL – Cresce, visivelmente, a ingerência do Estado no âmbito religioso. É óbvio que progressivamente o controle sobre a Igreja se adensará. Numa perspectiva espiritual, é fácil observar que todos os prognósticos de que a fé e a religião se esvaziariam na virada do século foram derrubados. Convivemos hoje num mundo sensorial com alta tecnologia, muita espiritualidade e muito misticismo. Neste contexto, parece que a ação diabólica é legitimar a religião na sociedade como um conjunto de valores que simplesmente ajuda o homem a viver.

                                       Qual o principal efeito desse processo de oficialização?

BARRO – Uma formação com mais qualidade. Ao reconhecer a área de teologia, o MEC a coloca no sistema nacional e federativo – a teologia sai da clandestinidade e passa a ser um curso com referência nacional.
KRAUL – A questão fundamental que levanto é de cunho ideológico, considerando nossa realidade histórica. Muitos argumentavam que a educação teológica brasileira precisava aprimorar-se. Concordo. O fulcro da questão, entretanto, é se precisamos da ingerência direta do MEC para alcançar esse objetivo.
Em busca da qualidade

Conheça algumas das escolas que já obtiveram o reconhecimento do MEC para seus cursos de teologia:
•    Escola Superior de Teologia – EST
•    Faculdade Batista de Minas Gerais – FBMG
•    Faculdade Batista do Rio de Janeiro – Fabat
•    Faculdade Batista Brasileira – FBB
•    Centro Universitário Metodista Bennett
•    Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil – Faceten
•    Faculdade de Teologia de Boa Vista – Fatebov
•    Faculdade de Teologia de São Paulo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
•    Faculdade de Teologia e Ciências Humanas – Fatech
•    Faculdade de Teologia Evangélica em Curitiba – Fatev
•    Faculdade Evangélica de São Paulo
•    Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia da CGADB – Faecad
•    Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte – Fate BH
•    Faculdade Evangélica do Piauí – Faepi
•    Faculdade João Calvino – FJC
•    Faculdade Luterana de Teologia – FLT
•    Faculdade Metodista de Teologia e Ciências Humanas da Amazônia – Fateo
•    Faculdade Nazarena do Brasil – FNB
•    Faculdade Teológica Batista de São Paulo – FTBSP
•    Faculdade Teológica Batista do Paraná – FTBP
•    Faculdade Unida de Vitória
•    Faculdade Teológica Sul Americana – FTSA
•    Universidade Luterana do Brasil – Ulbra
•    Universidade Metodista de São Paulo – Umesp
•    Universidade Presbiteriana Mackenzie
•    Centro Universitário Adventista de São Paulo – Unasp
•    Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia – Salt

Fonte: Cristianismo Hoje;
http://noticias.gospelmais.com.br/curso-de-teologia-reconhecido-pelo-mec-gera-polemica-entre-os-cristaos.html