No
limiar dos anos de 1517 houve no
mundo um dos fatos mais contundentes na história da humanidade. Ou melhor,
história essa que trouxe uma visão maior do significa do “Reino de Deus” entre os homens.
Destarte, a Igreja (Kata = Juntos + Hollos = Todos) “Católica”,
ou melhor, termos do latim (que significa Universal). Que tanto dominava a
instituição Universal Criado por Cristo, agora vivia uma condição lamentável
diante de seus fiéis. Porém, com a pré-reforma tudo começou a andar para uma
grande reforma que trouxe a realidade do Cristianismo e quebrasse os paradigmas
controversos de uma instituição fadada ao fracasso e marasmo espiritual.
Não obstante os problemas e lutas
que Lutero enfrentou, mas não foi covarde a uma Instituição que se dizia
representante de Deus na terra. Porém, com formulas humanas impostas aos neófitos
e leigos cristãos que viviam sob o manto de doutrinas anti-teológicas e cheias
de regras e dogmas humanos. Que serviam mais para infligir às pessoas do que conduzi-las
a Deus.
Ora, quando lemos a Biografia desse
Ilustre homem de Deus, vemos que realmente Cristo tem compromisso com quem é
verdadeiro. E foi dessa forma que o Dr. Martinho Lutero impôs seus pontos de
vistas numa visão espiritual do que era o Reino dos céus. E a inda assim,
enfrentou o poder e os demônios da terra para provar seus argumentos e
convicções de fé. Denunciando o sistema nefasto e negro de uma Instituição que
se dizia representante do reino de Deus na terra, todavia, envolvida nos escândalos
sem precedentes. Mas, mesmo assim, não hesitou, foi fiel a Deus e ao seu
chamado, e fundamentou as 95 teses que foram afixadas na porta da Catedral em
31 de outubro de 1517 (Wittemberg – Alemanha).
Na minha visão e naquilo que
acredito na Bíblia, ou melhor, no que posso me inteirar, é preciso rever novos
conceitos. Ou melhor, pois como vemos, estamos indo de mal a pior com esse novo
sistema de Igreja e ministério. Parece que não, mas já estão dizendo ao mal
(bom) e ao bem (ruim), ou seja, se aceitando tudo o que o mundo queira nos
impor como regras e condutas. É claro que não existem em parte homens como
Martinho Lutero, que renunciou tudo, e inclusive o poder da Igreja para
desmascará um sistema corrupto na sociedade cristã da época.
Mas, mostrou a sua audácia diante de
Deus, e não se comprou por aqueles que queriam manter o sistema sem que fossem
questionados filosoficamente e teologicamente. Às vezes fico pensando que,
ainda assim, nos dias de hoje o sistema mudou em parte, mas a sua
aplicabilidade mudou como muda o cameleão. Todavia, hoje não há compra de
indulgência, e nem que seja preciso alguém jogar no fundo do pote uma moeda,
para que a “alma” seja conduzida a Deus. Infelizmente só mudou a formula, mas a
conduta é a mesma, ou melhor, as coisas são tão tremendas que sabemos de fatos
onde alguém tem que dá o que não tem para receber uma “bênção de Cristo”. Como
disse, precisamos rever nossos conceitos diante de Deus e de sua Palavra para
não sermos enganados por esses pseudos-líderes religiosos que não têm nada para
nos dá, se não Deus por meio de Cristo Jesus.
Talvez devêssemos entender que,
ainda existem homens como Dr. Martinho Lutero, ou melhor, que têm coragem de
enfrentar o sistema e desmascará todos aqueles que usurpam o poder da Igreja. E
com isto se mantém no sistema para agariar fortunas e Status na sociedade,
porém, com o espírito da corrupção. Destarte, ser cristão de verdade é ser como
Cristo, é andar como Ele andou, e praticar o que Ele praticou, o contrário
disso é irrelevante para quem quer entrar nos céus de Glória – Heb 12. 14.
Não acreditamos que Deus estar
abençoando uma pessoa ou sistema humano se não existe verdade. Pois, se assim
fosse, seria um disparate o que nos afirma a Bíblia, pois como Ele (Cristo)
andou assim devemos andar. Ou melhor, sem mentira, enganação, arrogância,
soberba, e toda a sorte de corrupção que existem entre as religiões, Igrejas e
ministérios. Portanto, vejamos das 95 teses apenas 24 que marcaram a história da Igreja:
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1ª Tese
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Dizendo
nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos...., certamente quer que
toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.
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2ª Tese
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E esta
expressão não pode e não deve ser interpretada como se referindo ao
sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício
dos sacerdotes.
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3ª Tese
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Todavia
não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento
interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de
modificações da carne.
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4ª Tese
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Assim
sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura
enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para
a vida eterna.
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5ª Tese
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O papa não
quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou
em acordo com os cânones, que são estatutos papais.
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6ª Tese
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O papa não
pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que Já foi perdoado por
Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se
desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.
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7ª Tese
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Deus a
ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera
humildade, ao sacerdote, seu vigário.
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8ª Tese
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Canones
poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira
em que se deve confessar e expiar, apenas aio Impostas aos vivos, e, de
acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.
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9ª Tese
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Eis porque
o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus
decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema.
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10ª Tese
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Procedem
desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos poenitentias
canonicas ou penitências para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.
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11ª Tese
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Este joio,
que é o de se transformar a penitência e satisfação, Previstas pelos cânones
ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os
bispos se achavam dormindo.
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12ª Tese
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Outrora canonicae
poenae, ou seja, penitência e satisfação por pecadores cometidos eram
impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a
sinceridade do arrependimento e do pesar.
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13ª Tese
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Os moribundos
tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico,
sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.
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14ª Tese
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Piedade ou
amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte necessariamente
resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor.
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15ª Tese
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Este temor
e espanto em si tão só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o
tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do
desespero.
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16ª Tese
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Inferno,
purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o
desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.
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17ª Tese
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Parece que
assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas
também deve crescer e aumentar o amor.
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18ª Tese
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Bem assim
parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as
almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do
crescimento no amor.
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19ª Tese
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Ainda
parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza
de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta
certeza disto.
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20ª Tese
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Por isso o
papa não quer dizer e nem compreende com as palavras “perdão plenário de
todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele
impostas.
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21ª Tese
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Eis porque
erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de
todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa.
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22ª Tese
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Pensa com
efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo
os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida.
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23ª Tese
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Verdade é
que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos
mais perfeitos, que são muito poucos.
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24ª Tese
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Assim
sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto
perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas".
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José Roberto de
Melo é Bacharel em
Teologia, Escritor, Professor de Teologia Sistemática, e Graduando em Direito
pela UNIP – Universidade Paulista.
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